Giany de Almeida consultora Mary Kay.

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Contato: gianydealmeida@hotmail.com

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Coração carregado, e a alma amarrada...

Como se entregar e se dispor à uma nova paixão?
Como fugir dos erros, já tão recorrentes no passado?
Quisera eu não ter dúvidas tão primárias e infantis, mas elas estão aqui dentro de mim o tempo todo, sempre...
Medos, receios e mais medos, de sofrer, de me decepcionar, de amar, de jamais amar novamente...de esquecer da garota ingénua e sonhadora que eu sempre fui.
A vida é um grande mistério, mas não consegue ser maior do que o do ser humano, até porque este é infinito e divergente de seus semelhantes, como jamais modos de vida, seriam uns dos outros.
Com ensinar alguém que já perdeu o entusiasmo com relação ás novas e antigas paixões, que tudo pode ser diferente?
Como garantir que será?
Como entender que que as pessoas são diferentes, mesmo sendo tão iguais? Tão diferentes no modo de vida, nas crenças e opiniões, e tão iguais, nas sua constituições primárias.
É possível acreditar nessas diferenças, uma vez que agimos com tamanha semelhança? Como acreditar que verdadeiramente (que dessa vez)se tenha encontrado "alguém diferente"?
Não podemos dizer. apenas torcer, confiar, Palavra difícil essa, mas tão repetidamente solicitada....
Confiança, seria justo pedir à um coração já cansado de sofrer e de se machucar que CONFIE?
Tarefa difícil! Nela, não podemos contar sequer com o bom senso, pois este aponta justamente para o caminho oposto, o da "FUGA"... Como diria Paulo Coelho** "permanecermos com "aquela terrível paz das tardes de Domingo."
Mas o mesmo texto ainda diz, *os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos."
Mas qual outro caminho para um coração com sonhos, com amor e alegrias?
Não que todos estes, sejam frutos do "Amor", mas este contribuí e muito para a aparição de todos eles.
Uma coisa leva à outra, e somadas, revelam um ser humano pleno...aquele que por tanto tempo se retraiu e se escondeu atrás de falsas teorias de "Melhor só do mal acompanhado"
E qual a conclusão para todas as perguntas do texto?
"Ame-se, e permita que esse amor possa ser irradiado aos outros, principalmente à quem tão corajosamente se propõe a amar-te também, sem que para isso seja necessário algo em troca"Este é o mínimo de gratidão que deveríamos ser capazes de demonstrar.


Giany Matias, 26.05.2010

Monogamia para quem precisa

http://papodehomem.com.br/monogamia-para-quem-precisa/

Monogamia para quem precisa

*Publicado por Maíra Matos em 06.2.2010 às 04:38 em Ladies Room, Sexo e Relacionamentos

Uma resposta ao artigo “A evolução do cafajeste (3): É da nossa natureza trair?”, de Atila Iamarino.

Começo minha resposta lembrando a pergunta do caro Atila: “O ser humano é monogâmico por natureza?”.

Mas, pensando em todo o carnaval que advém dessa e de outras perguntas, coloco outra questão: “Será mesmo necessário procurar esta resposta?”.

Minha ideia é tentar mostrar como nos ocupamos tanto em tentar definir – nos encaixar em um padrão moral ou biológico dos relacionamentos amorosos – e esquecemos que ser honesto consigo mesmo é muito mais importante do que atender a uma expectativa externa.
Monogamia automática

felizes-para-sempre
Frase de Laura Brightwood para a loja TypeTees.

Observem as seguintes historinhas:

1. Era uma vez um menino que conheceu uma menina. Eles se apaixonaram e resolveram namorar. O amor deles cresceu e resolveram casar. E assim foram felizes para sempre.

Alguma coisa estranha nessa história? Claro que não! Afinal quando as pessoas se amam elas se casam e são monogâmicas para o resto de suas vidas, certo? Bem, pelo menos foi assim que minha mãe, minha professora, a novela das oito e o filme de Hollywood me ensinaram. Se duas pessoas se amam, são independentes e não seguem este roteiro, alguma coisa errada tem. Essa é a visão da massa esmagadora das pessoas. Quer ver?

2. Era uma vez uma menina que conheceu um menino, eles se gostaram e se viam periodicamente. Daí a menina conheceu outro menino e também gostou dele, e avisou aos dois da situação. Eles aceitaram e a menina continuou tendo um relacionamento com cada um dos meninos. O amor deles foi crescendo e, depois de algum tempo, os três conversaram e resolveram morar juntos e foram felizes para sempre.

Bem, eu aposto que a maioria das pessoas acha que não existe amor nenhum na segunda historinha e que esse relacionamento nunca “daria certo” (seja lá o que isso signifique), que na verdade a menina é uma bitch indecisa e manipuladora e os meninos são dois bananas com pouca auto-estima.

Sabe por quê? Porque as pessoas acreditam que o amor é um sentimento que só se tem por uma única pessoa num recorte temporal. Mas quem foi o grande cientista que descobriu os padrões do que chamamos de amor? As pessoas esquecem que “amor” é só um conceito (extremamente abstrato) e acabam naturalizando o valor que a nossa sociedade lhe atribui (não pretendo mencionar valores religiosos porque são verdades dogmáticas, logo não se dispõem a debate).

Além disso, mesmo que as pessoas não se declarassem apaixonadas numa relação, o que as impede de terem uma felicidade duradoura, exercerem o respeito mútuo e fazerem o relacionamento “dar certo”?
Fidelidade monogâmica: a árdua tarefa

Como outras formas de relacionamento diferentes do amor monogâmico não são socialmente aceitas, a maioria das pessoas passa a vida inteira acreditando que uma relação é aquela coisa pré-definida, e entendem que é obrigação natural delas tentar encaixar-se neste padrão. E aí o que acontece? A infidelidade torna-se um ato extremamente banal e a monogamia torna-se apenas uma brincadeira de faz de conta, quando na verdade o ato de casar não corresponde sempre ao que as pessoas querem de verdade naquele momento de suas vidas (ou talvez nunca).

casamento
Não é à toa que o casamento virou piada. Toma-se a decisão sem considerar questões mais profundas, dá no que dá.

O casamento é o símbolo máximo no imaginário do amor monogâmico. Como qualquer decisão que envolva comprometimento, deve ser uma consequência de nossa necessidade e estilo de vida; exige uma análise psicológica de si mesmo sobre seu presente e seu futuro. É um erro encarar um casamento, ou qualquer relacionamento, esperando que ele dê “um jeito” na sua vida, como se fosse uma entidade milagrosa, como Jesus Cristo ou Iemanjá. Se alguém se casa e trai constantemente seu parceiro, inclusive desde antes do matrimônio, é impossível que esta pessoa tenha escolhido o casamento como uma resposta às suas necessidades.

Quando um modelo de relacionamento é a única opção aceita como normal, perde-se a noção de responsabilidade sobre as próprias escolhas (afinal não haveria outra escolha normal), sobre si mesmo e sobre seu parceiro. A traição é encarada, então, como parte do processo ou visto como ato de uma pessoa canalha, não por mentir, mas por querer outros relacionamentos.

Tiro estas conclusões porque passei por experiências que me fizeram pensar sobre isso e conversei com pessoas sobre esse assunto, obtendo sempre a mesma resposta (consciente ou inconsciente, verbalmente ou através de seus atos): o único caminho é o amor monogâmico, então a traição é uma forma de aliviar a pressão. Lembro-me de uma conversa mais ou menos assim:

– Porque você trai sua namorada se você a ama tanto?
– Eu amo minha namorada, quero viver ao lado dela, mas não consigo controlar a vontade de sair com outras mulheres. Eu preciso disso.
– Ué, tudo bem, você não é uma aberração por sentir isso. Mas então escolha uma namorada que aceite isso.
– Ah, não é fácil assim…

É claro que não é fácil assim! Passamos a vida toda aprendendo os costumes e valores de uma cultura e engessamos nosso cérebro para aquela realidade, sem perceber que ela é apenas um molde. Não preparamos nossa cabecinha e nosso coração para outras perspectivas e modos de ser. Assim os critérios que definem quem é ou não interessante para nos relacionarmos são definidos por estereótipos estéticos e aspectos superficiais, não pela postura que se tem frente a um relacionamento, afinal só existe uma postura possível, né?!
A supervalorização do amor

As pessoas alegam que não se pode controlar o amor. Ok, admito que não é fácil escolher quem iremos amar, mas é possível. Você amaria um(a) neonazista? Ou um pedófilo? Acho que não. Afinal, que filosofia de vida você segue? Quais são seus princípios?

Estas questões nos levam a outro problema de naturalizar o amor monogâmico clássico: deixar um sentimento nebuloso controlar escolhas importantes.

O amor é entendido por muitos como algo sem explicação (quem nunca ouviu falar do amor à primeira vista?), no qual a princesa não precisa conhecer o príncipe, suas ideias e crenças; basta sentir as borboletas na barriga ao olhar para ele e pronto, ela saberá que está amando.

borboletas
Fundar uma relação em sentimentos etéreos é um resquício do pensamento mágico, como se seguíssemos conselhos de um inseto.

Eu digo “Bullshit!”. Se o amor é considerado um sentimento tão importante para a humanidade, ele não pode ser construído sobre nada. E essa construção precisa de um tempo, de avaliação, de compatibilidade de valores e necessidades. Quando priorizamos nossos princípios ao invés dos estereótipos sobre sentimentos, aprendemos a ter responsabilidade sobre nossos atos e dar a eles um sentido. Escolhemos pessoas que se encaixam melhor com aquilo que queremos naquele momento. O resultado certamente será mais construtivo.

Não estou falando de perder o romantismo, pelo contrário. Estou falando de cultivar o romantismo e os sentimentos de uma forma muito mais real. É tão gostoso quando percebemos que construímos, aos poucos, uma relação profunda, compartilhada de verdade, que nos dá muito mais felicidade do que qualquer outra paixonite que já vivemos, porque dessa vez faz sentido para nós e se encaixa na nossa vida, independente se é um relacionamento a três, uma relação homossexual ou a monogamia tradicional.

Não existe a necessidade de distribuir as mulheres entre os homens como se elas fossem bens a serem distribuídos numa sociedade comunista (e machista), assim como a sociedade também não precisa das nossas escolhas amorosas e sexuais para seguir em frente de forma “civilizada”, como dá a entender a argumentação final do Atila.

Temos que apagar esse ranço da história que diz que uma suposta moralidade do sexo e do amor tem algo a ver com o caráter ou a competência de alguém. O que existe é a necessidade de sermos honestos conosco e com as pessoas que cativamos (pergunte ao Pequeno Príncipe), de nos educarmos para a diversidade de formas que os relacionamentos podem tomar, com ou sem amor, mas que seja sempre consciente, construído e que nos faça donos das nossas decisões, dos nossos erros e acertos.

sábado, 8 de maio de 2010

Ame-se
:: Elisabeth Cavalcante ::

Somos treinados, desde cedo, a amar mais aos outros do que a nós, pois aprendemos que ao doar nosso amor, recebemos de volta a atenção do outro. E isto é tudo que precisamos para termos avalizadas nossas qualidades e nosso valor.

Infelizmente, a maioria dos pais não têm consciência do quão importante é o ato de estimular e fazer crescer nos filhos o amor-próprio e a auto-estima.
Ao invés disso, cobram-lhes a perfeição ou comparam-nos com outras crianças e jovens que consideram mais talentosos que os próprios filhos.

Criam, então, pessoas medrosas, inseguras e incapazes de ver em si qualidades suficientes para que sejam valorizadas pelos outros.
Como não se pode apagar o passado, de nada adianta culpar os pais ou ficar lamentando o que não aconteceu. O que nos resta é desconstruir esse eu e fazer nascer em seu lugar alguém que consiga perceber em si as qualidades com as quais veio ao mundo.

Ninguém, por mais desencaminhado que esteja pela negatividade e o desamor, é desprovido de algum talento e de potencial para a realização. Esta é uma condição inerente ao ser humano, visto que o divino nos dota a todos dos mesmos poderes, sem distinção. As condições de vida de cada um é que determinarão o grau de distanciamento desse estado natural.

A tarefa não é fácil, mas é possível, sim, reverter o sentimento de auto-rejeição que muitos ainda carregam. É necessário um esforço consciente para apagar os registros negativos que abalaram a fé em seu próprio poder.

O primeiro passo é parar de comparar-se com os outros, pois não importa que existam seres mais inteligentes, bonitos ou realizados que nós.
A tarefa primordial consiste em ouvir nosso coração e descobrir o que ele tem a nos dizer sobre quem, de fato, somos e do que precisamos para sermos felizes.

A resposta sempre virá, desde que estejamos empenhados verdadeiramente em ouvi-la. O passo seguinte é reunir a coragem necessária para correr atrás de nossos objetivos, com a consciência de que a vida algumas vezes colocará obstáculos em nosso caminho.

Mas, se estivermos plenamente imbuídos de compaixão e de amor incondicional por nós mesmos, nada será capaz de nos fazer desistir da felicidade que acreditamos merecer.

Quanto mais conseguirmos rir de nossos tropeços e de nossa tendência a assumir o papel de maiores vítimas do mundo, mais próximos estaremos de aceitar amorosamente quem somos e enxergar com clareza nossas virtudes.